quarta-feira, agosto 20, 2003

Medalha de Mérito Municipal para o escultor Quintino Vilas Boas Neto

Manuel Araújo

A Câmara Municipal de Esposende atribuiu ao escultor Quintino Vilas Boas Neto, a Medalha de Mérito Municipal do Município, como reconhecimento dos munícipes de Esposende, à sua obra e ao seu contributo artístico da arte de trabalhar o granito na região.

A entrega do galardão decorreu no dia 19 de Agosto, em Sessão Solene, no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Esposende.

O presidente da Câmara, Fernando Cepa, elogiou o trabalho desenvolvido pelo artista, agradecendo: “ao sr. Quintino Neto, o nosso reconhecimento pela sua dedicação à arte popular da pedra, e que aqui também representa todos aqueles que se dedicam a este nobre ofício".



Quintino Vilas Boas Neto nasceu em Esposende a 15 de Março de 1915, vindo de uma familia modesta, mas com grandes tradições no trabalho da pedra, de seu pai ele aprendeu a difícil arte do lavrar a pedra, ou seja o granito, trabalhando-a de tal maneira, que mais parecia estar a talhar madeira. Foi um dos grandes impulsionadores desta actividade económica e, sobretudo, cultural.

Cedo descobriu um certo talento para a criação, porém a necessidade de ganhar dinheiro para o sustento da familia não Ihe permitiam tais veleidades, sendo obrigado a cumprir compromissos profissionais nesta arte, deixando um pouco de parte a sua veia de artista.

Só muitos anos mais tarde (em finais da década de sessenta, do séc. XX poderá satisfazer esta sua pretensão de criar. Mestre Quintino deixa para trás anos como canteiro e lavrista, ao longo dos quais sairam das suas mãos peças que embelezam e prestigiam casas e capelas por esse pais fora, marcando o nome de Esposende nas muitas pedras que foi trabalhando, e dedica-se a tempo inteiro à sua “arte” - os santinhos de granito.

Na actualidade é grande a actividade ligada ao trabalho da pedra no concelho de Esposende. Muito desse trabalho é o corolário do esforço árduo e teimoso de um homem que um dia sonhou “criar a pedra”.

Indiscutivelmente foi das suas mãos que sairam as primeiras peças em granito que fizeram e fazem a história da escultura popular no concelho de Esposende, podendo mesmo ser apelidado de “pai dos santinhos de granito” de Esposende.

É neste contexto de trabalho, de criação, de divulgação do nome de Esposende além fronteiras, do amor à própria terra, que muitas vezes transferiu para as pedras que trabalhava e de dedicação a uma “arte popular” por si criada e que hoje em dia é um dos cartões de visita de Esposende que se destacou Quintino Vilas Boas Neto.

Desde sempre moldou o granito, mármore e madeira, ensinou a arte aos filhos, atrás deles um sem fim de “escultores” populares que, mantendo esta mesma linha ou com novas criações, viram no Mestre Quintino o seu percursor.
Inspirando-se em todo o género de motivos para que os seus trabalhos fossem apreciados e vendidos, encontrando-se espalhados pelo país e estrangeiro. Santos, santas, fogões de sala, nichos, mulheres e homens nús — “fazia tudo que me pediam, a vida era dura... cheguei a vender obras a 100 escudos, era uma autêntica miséria...”.— recorda tristemente.



Com 87 anos, viúvo e uma grande jovialidade, recorda os momentos áureos das entrevistas aos jornais e a visita a um programa televisivo, muito famoso na altura, que muitos se recordarão, por certo, do “ZIP ZIP”, que tinha como apresentadores o Raul Solnado, Fialho Gouveia e o Carlos Cruz.
Expôs várias vezes, na costa do Estoril e na Feira Internacional de Lisboa, ainda antes do 25 de Abril. Recorda com malícia, um episódio num desses certames, em que um Ministro da altura, que já não recorda o nome, obrigou-o a retirar ao tamanho do pénis de uma estátua de pedra de um nú, apenas por achar que “o coiso” era comprido demais; ...“ e ali mesmo tive de fazer a operação”... conta-nos com um largo e maroto sorriso.

No dia anterior à condecoração, apanhou um grande susto, sentiu-se indisposto e no leito, com o seu habitual e refinado humor, segreda aos mais próximos: “lá se vai a medalha... querem ver que vou morrer hoje?”
Ficou muito satisfeito em ter sido homenageado e espera ter saúde para continuar a dar forma a pedaços de madeira, que ainda, transforma em imagens variadas, para assim vender e equilibrar o seu próprio orçamento, já que a sua reforma é “curta”.

sexta-feira, agosto 08, 2003

“Cancros”do Rio Homem

Esgotos do Concelho de Terras de Bouro, vão directamente para o Rio Homem.



O Rio Homem continua a receber alguns dos esgotos domésticos e presumívelmente industriais, do Concelho de Terras de Bouro. Um “problema ambiental grave, um atentado à saúde pública”, afirmam populares.


Manuel Araújo


Em Pesqueiras, Terras de Bouro, junto ao local onde está instalado um colector, onde presumivelmente convergem os efluentes domésticos ou pluviais da sede do concelho e os da freguesia de Moimenta, encontra-se um tubo, uns metros mais abaixo, dissimulado pela intensa vegetação, que efectua descargas poluentes no ribeiro Gordairas, que é afluente do rio Homem.


O aspecto do leito do ribeiro, no local da descarga é desolador, pois, além de outras matérias poluentes, inerentes a um esgoto doméstico, existe também óleo negro, pesumivelmente de motor, na superfície e nas margens. O ribeiro é horrívelmente nojento, nauseabundo e com um cheiro pestilento.


Afirma um morador, o sr. João, que “não há ainda, qualquer estação de tratamento a funcionar” e que, "temos uma ETAR que está quase pronta, mas ainda não funciona por motivos burocráticos, entretanto, enquanto não resolvem o problema, vai tudo para rio”, afirma.


Outro morador, o sr. João Marques, referindo-se a um tractor cisterna, identificado como sendo da Câmara de Terras de Bouro, disse, que tinha “pena não ter no momento uma máquina fotográfica”, porque o viu “ a descarregar fossa no ribeiro de Gordairas, por baixo do Campo de Futebol, que deixou no ar um cheiro horrível, é uma vergonha” e concluiu dizendo que, “o Ministério do Ambiente devia ser conhecedor deste atentado à saúde pública”.


Ali ao lado, a cerca de duzentos metros, no local onde o ribeiro se junta ao rio Homem, crianças e adultos brincam na água despreocupados. Foi aí que encontramos uma família do sul, que viajava pela primeira vez pelo Minho e falaram connosco. Estavam deslumbrados com o Norte de Portugal, pela hospitalidade das suas gentes, pela verdura, gastronomia, sossego e quietude das águas dos rios. “Este é um local maravilhoso, é mesmo paradisíaco, mas cheira muito mal…”, lamentou o sr. Fernando, enquanto prosseguia com a leitura do seu livro.


Uns quilómetros mais abaixo do local da descarga, alguns pescadores por nós contactados, afirmaram ser frequente a alteração da cor das águas do rio Homem, que dizem ter “dias que parece leite, outros chocolate, não sei o que é, nem sei se é disso (descargas), mas agora aqui não se apanha nada” afirmou o sr. Manuel R., enquanto fazia mais um lançamento e rematava, “ mas já foi pior…”


“Águas turvas em Chamoim”


A linha de enchimento de uma conhecida marca de águas, instalada em Chamoim (Terras de Bouro), pode estar a funcionar em situação ilegal.


Esgotos, provenientes da empresa estão a fazer descargas no rio Rodas, mais conhecido por ribeiro de Pergoim, junto à ponte.


Após vários alertas de pessoas, que afirmam que a água do rio Homem, é por vezes de cor aleitada, subimos o rio e depois o ribeiro até ao local onde está instalada a empresa, afim de averiguar.


Chegamos ao local e de cima da ponte junto da fábrica, eram perfeitamente visíveis dois tubos de esgoto, que no momento da nossa chegada faziam uma descarga colorida.


O líquido despejado pelo esgoto presumivelmente poluidor, naquele momento era escasso e tinha um aspecto aleitado. Descemos de imediato ao ribeiro e recolhemos amostras do líquido, no qual podiam ser observadas em suspensão, partículas azuis e brancas.


“Aquilo queima tudo…”


“Aquilo (esgotos) queima tudo, os pescadores queixam-se de que lhe mataram os peixes e acredito, pois, quase todos os dias o rio fica branco”. Estas afirmações são de uma residente que pede o anonimato, pois “nós precisamos deles, empregam muita gente…” confidenciou.


Receio A unidade fabril está a funcionar naquele local há mais de vinte anos e emprega muitas pessoas, sendo o principal empregador daquela zona, por isso funcionários por nós contactados recusaram-se a comentar as descargas.


Por outro lado, um outro habitante daquela zona, afirmou que aquela descarga “não é perigosa”, que “é das lavagens” e também, que “no inverno nem se nota” porque “o ribeiro leva mais água” referiu.


As trutas


Opinião contrária tem o sr. João Rodrigues, pescador desportivo e conhecedor profundo do rio Homem e do ribeiro de Pergoim, que diz, que “o ribeiro de Pergoim era o principal repovoador de trutas do rio Homem.” E afirma que, “actualmente não existem trutas no ribeiro, a jusante da empresa das águas, porque desde que começaram ali a produzir as garrafas, as trutas desapareceram”. E pergunta, “ porque é, que agora só há trutas dali para cima ?”


O abaixo-assinado


O sr. João Rodrigues, disse ainda, que um grupo de pescadores, está a preparar um abaixo-assinado, com o fim de exigir das autoridades competemtes, medidas para a preservação das espécies no ribeiro de Pergoim e do rio Homem.


Caldelas não sabe o que bebe


Preocupados Os resultados da poluição estão à vista e a Delegação de Saúde de Vila Verde, desaconselhou recentemente os banhos no rio Homem, por isso, alguns moradores de Caldelas por nós inquiridos, já se manifestaram preocupados, pelo facto da captação da água que abastece as termas, ser feita no rio Homem, alguns metros a jusante do local, onde é feita a descarga da ETAR de Caldelas que acusam “nunca ter funcionado como devia”, pondo assim, em causa a salubridade da mesma.


Um dos moradores, referindo-se à água da “companhia”, perguntou: “se a água do rio, não serve para tomar banho, servirá para beber?”


Tudo sob controlo


Sobre os receios e qualidade da água que é fornecida a Caldelas, o presidente da autarquia amarense, José Barbosa, garantiu ao Praça Local que “Caldelas está parcialmente desde o mês de Maio, a ser abastecido com a água do rio Cávado”, que “ passa pela Srª. da Paz sendo depois bombeada a partir da freguesia da Torre” e o “resto do abastecimento, é feito a partir de depósitos e nascentes próprias”. Sossegou a população, garantindo que a água do Cávado“ é analisada semanalmente ou quinzenalmente na pior das hipóteses”.


A “Cimeira do rio Homem”


O edil amarense, inquirido sobre o que pensa, que irá resolver a chamada cimeira do rio Homem disse que, “ se calhar não vai resolver nada, mas, pelo menos para já, vai fazer com que os três municípios (Amares, Vila Verde e Terras de Bouro) tenham uma atitude preventiva relativa ao rio Homem“. Indagado sobre qual dos três municípios era o mais poluidor, foi peremptório em afirmar, “não é Amares que mais contribui para a poluição do Homem“.


“As borbulhas”


Algumas crianças da freguesia da Torre, após banhos no rio Homem, na praia fluvial, notaram o aparecimento de “borbulhas no corpo”. “É da porcaria da água…” afirma uma mãe, que não tinha conhecimento, da recomendação do Centro de Saúde de Vila Verde.


A ETAR


Disse ainda, que na ETAR de Caldelas “foi introduzido equipamento, que lhe permite trabalhar regularmente”. Acrescenta, que os cheiros que se fazem sentir nas imediações, devem-se ao “lixo que é retirado dos tanques, e ali fica a aguardar transporte” o que “deveria ser diáriamente, mas não é”. Refere ainda, que a autarquia deverá “adquirir um camião próprio para esse efeito” pois, “transportar lamas por estrada é complicado” concluiu.


Agosto 2003

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segunda-feira, agosto 04, 2003

“Cancros”do Rio Homem



“Cancros”do Rio Homem


Esgotos do Concelho de Terras de Bouro, vão directamente para o Rio Homem. 

O Rio Homem continua a receber alguns dos esgotos domésticos e presumivelmente industriais, do Concelho de Terras de Bouro. Um “problema ambiental grave, um atentado à saúde pública”, afirmam populares. 

Manuel Araújo 


Em Pesqueiras, Terras de Bouro, junto ao local onde está instalado um colector, onde presumivelmente convergem os efluentes domésticos ou pluviais da sede do concelho e os da freguesia de Moimenta, encontra-se um tubo, uns metros mais abaixo, dissimulado pela intensa vegetação, que efectua descargas poluentes no ribeiro Gordairas, que é afluente do rio Homem. O aspecto do leito do ribeiro, no local da descarga é desolador, pois, além de outras matérias poluentes, inerentes a um esgoto doméstico, existe também óleo negro, pesumivelmente de motor, na superfície e nas margens. O ribeiro é horrivelmente nojento, nauseabundo e com um cheiro pestilento.

Afirma um morador, o sr. João, que “não há ainda, qualquer estação de tratamento a funcionar” e que, "temos uma ETAR que está quase pronta, mas ainda não funciona por motivos burocráticos, entretanto, enquanto não resolvem o problema, vai tudo para rio”, afirma.

Outro morador, o sr. João Marques, referindo-se a um tractor cisterna, identificado como sendo da Câmara de Terras de Bouro, disse, que tinha “pena não ter no momento uma máquina fotográfica”, porque o viu “ a descarregar fossa no ribeiro de Gordairas, por baixo do Campo de Futebol, que deixou no ar um cheiro horrível, é uma vergonha” e concluiu dizendo que, “o Ministério do Ambiente devia ser conhecedor deste atentado à saúde pública”.

Ali ao lado, a cerca de duzentos metros, no local onde o ribeiro se junta ao rio Homem, crianças e adultos brincam na água despreocupados.

Foi aí que encontramos uma família do sul, que viajava pela primeira vez pelo Minho e falaram connosco. Estavam deslumbrados com o Norte de Portugal, pela hospitalidade das suas gentes, pela verdura, gastronomia, sossego e quietude das águas dos rios. “Este é um local maravilhoso, é mesmo paradisíaco, mas cheira muito mal…”, lamentou o sr. Fernando, enquanto prosseguia com a leitura do seu livro.

Uns quilómetros mais abaixo do local da descarga, alguns pescadores por nós contactados, afirmaram ser frequente a alteração da cor das águas do rio Homem, que dizem ter “dias que parece leite, outros chocolate, não sei o que é, nem sei se é disso (descargas), mas agora aqui não se apanha nada” afirmou o sr. Manuel R., enquanto fazia mais um lançamento e rematava, “ mas já foi pior…” 

“Águas turvas em Chamoim”


A linha de enchimento de uma conhecida marca de águas, instalada em Chamoim (Terras de Bouro), pode estar a funcionar em situação ilegal.

Esgotos, provenientes da empresa estão a fazer descargas no rio Rodas, mais conhecido por ribeiro de Pergoim, junto à ponte. Após vários alertas de pessoas, que afirmam que a água do rio Homem, é por vezes de cor aleitada, subimos o rio e depois o ribeiro até ao local onde está instalada a empresa, afim de averiguar. Chegamos ao local e de cima da ponte junto da fábrica, eram perfeitamente visíveis dois tubos de esgoto, que no momento da nossa chegada faziam uma descarga colorida. O líquido despejado pelo esgoto presumivelmente poluidor, naquele momento era escasso e tinha um aspecto aleitado. Descemos de imediato ao ribeiro e recolhemos amostras do líquido, no qual podiam ser observadas em suspensão, partículas azuis e brancas.  

“Aquilo queima tudo…”


“Aquilo (esgotos) queima tudo, os pescadores queixam-se de que lhe mataram os peixes e acredito, pois, quase todos os dias o rio fica branco”. Estas afirmações são de uma residente que pede o anonimato, pois “nós precisamos deles, empregam muita gente…” confidenciou.

ReceioA unidade fabril está a funcionar naquele local há mais de vinte anos e emprega muitas pessoas, sendo o principal empregador daquela zona, por isso funcionários por nós contactados recusaram-se a comentar as descargas. Por outro lado, um outro habitante daquela zona, afirmou que aquela descarga “não é perigosa”, que “é das lavagens” e também, que “no inverno nem se nota” porque “o ribeiro leva mais água” referiu.

As trutasOpinião contrária tem o sr. João Rodrigues, pescador desportivo e conhecedor profundo do rio Homem e do ribeiro de Pergoim, que diz, que “o ribeiro de Pergoim era o principal repovoador de trutas do rio Homem.” E afirma que, “actualmente não existem trutas no ribeiro, a jusante da empresa das águas, porque desde que começaram ali a produzir as garrafas, as trutas desapareceram”. E pergunta, “ porque é, que agora só há trutas dali para cima ?”

O abaixo-assinado

O sr. João Rodrigues, disse ainda, que um grupo de pescadores, está a preparar um abaixo-assinado, com o fim de exigir das autoridades competemtes, medidas para a preservação das espécies no ribeiro de Pergoim e do rio Homem.

Caldelas não sabe o que bebe

Os resultados da poluição estão à vista e a Delegação de Saúde de Vila Verde, desaconselhou recentemente os banhos no rio Homem, por isso, alguns moradores de Caldelas por nós inquiridos, já se manifestaram preocupados, pelo facto da captação da água que abastece as termas, ser feita no rio Homem, alguns metros a jusante do local, onde é feita a descarga da ETAR de Caldelas que acusam “nunca ter funcionado como devia”, pondo assim, em causa a salubridade da mesma.

Um dos moradores, referindo-se à água da “companhia”, perguntou: “se a água do rio, não serve para tomar banho, servirá para beber?”

“As borbulhas”


Algumas crianças da freguesia da Torre, após banhos no rio Homem, na praia fluvial, notaram o aparecimento de “borbulhas no corpo”. “É da porcaria da água…” afirma uma mãe, que não tinha conhecimento, da recomendação do Centro de Saúde de Vila Verde.

Tudo sob controlo

Sobre os receios e qualidade da água que é fornecida a Caldelas, o presidente da autarquia amarense, José Barbosa, garantiu-nos que “Caldelas está parcialmente desde o mês de Maio, a ser abastecida com a água do rio Cávado”, que “ passa pela Srª. da Paz sendo depois bombeada a partir da freguesia da Torre” e o “resto do abastecimento, é feito a partir de depósitos e nascentes próprias”.

Sossegou a população, garantindo que a água do Cávado“ é analisada semanalmente ou quinzenalmente na pior das hipóteses”. 

A “Cimeira do rio Homem”


O edil amarense, inquirido sobre o que pensa, que irá resolver a chamada cimeira do rio Homem disse que, “ se calhar não vai resolver nada, mas, pelo menos para já, vai fazer com que os três municípios (Amares, Vila Verde e Terras de Bouro) tenham uma atitude preventiva relativa ao rio Homem“.

Indagado sobre qual dos três municípios era o mais poluidor, foi peremptório em afirmar, “não é Amares que mais contribui para a poluição do Homem“. 

A ETAR

Disse ainda, que na ETAR de Caldelas “foi introduzido equipamento, que lhe permite trabalhar regularmente” e acrescenta, que os cheiros que se fazem sentir nas imediações, devem-se ao “lixo que é retirado dos tanques, e ali fica a aguardar transporte” o que “deveria ser diáriamente, mas não é”.

Refere ainda, que a autarquia deverá “adquirir um camião próprio para esse efeito” pois, “transportar lamas por estrada é complicado” concluiu.

Agosto 2003

Manuel Araújo
© fotos e texto