terça-feira, novembro 28, 2006

"Apito doirado?" Que é isso?

Árbitro suspenso protesta em frente à Federação

O árbitro Luís Leão Rodrigues prosseguiu hoje o seu protesto à porta da sede da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), contestando a suspensão de quatro meses de que foi alvo, após ter denunciado uma tentativa de corrupção.


Leia mais, clique aqui

Comentários para quê ?

segunda-feira, novembro 27, 2006

FIJ E FEJ CRITICAM ALTERAÇÕES AO ESTATUTO DO JORNALISTA EM PORTUGAL

Em carta enviada a 23 de Novembro aos Grupos Parlamentares e ao ministro Augusto Santos Silva, a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e a Federação Europeia de Jornalistas (FEJ) expressam profunda preocupação com as propostas de alteração do Estatuto do Jornalista português apresentadas à Assembleia da República e admitem recorrrer ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.
Leia mais



SJ PROMOVE DEBATE EM BRAGA SOBRE A CAIXA DOS JORNALISTAS

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) convida todos os jornalistas dos distritos de Braga e Viana do Castelo para uma reunião dia 29 de Novembro, às 21 horas, na Junta de Freguesia de S. Victor, em Braga.
Leia mais




domingo, novembro 26, 2006

Poema DECLAMADO de Euclides Cavaco

POR TI é um poema declamado, com sabor romântico, que pode ouvir e ver em: http://www.euclidescavaco.com/Recitas/Por_Ti/index.htm

Também em, http://www.euclidescavaco.com/Entrevistas/RadioClubeMonsanto.htm poderá ouvir um resumido excerto do apontamento feito pela Radio Clube de Monsanto sobre Euclides Cavaco.

Visite o extraordinário trabalho deste grande português, residente no Canadá:
http://www.euclidescavaco.com

Regresso em massa da Suíça





Domingo, 26 de Novembro de 2006


Regresso em massa da Suíça

15 mil voltam para Portugal

Até ao final do ano cerca de 15 mil emigrantes portugueses na Suíça devem regressar definitivamente ao nosso país, aproveitando a possibilidade de levantar, na totalidade, a verba que ao longo da carreira contributiva descontaram no âmbito de um fundo de complemento da reforma conhecido como ‘segundo pilar’.

Apesar de, graças a um acordo recente, os emigrantes portugueses continuarem a ter direito de opção entre o levantamento do capital e o complemento de reforma para lá de 31 de Dezembro deste ano, notícias recentes davam conta de um ultimato das autoridades suíças, segundo o qual ou levantavam o dinheiro até ao final do ano, viajando definitivamente para Portugal, ou ficavam sem ele. Muitos optaram por não arriscar e marcaram para estes dias o regresso à terra natal.

“É verdade. Existe uma tendência para o regresso imediato pelo facto de as pessoas desconhecerem a existência deste acordo e também por se atravessar nesta altura, em nosso entender injustificadamente, um momento de algum alarme e até de suspeição”, disse Manuel Beja, conselheiro das comunidades portuguesas eleito pela Suíça.

Para este responsável, emigrante há 34 anos e profundo conhecedor da situação helvética, “o acordo assinado entre as instituições suíças e portuguesas permite o levantamento destes fundos, mesmo a partir do final do ano. Isto é o que nós temos dito em todas as reuniões e encontros com as comunidades. No entanto, cada um faz aquilo que bem entender”.

O regresso em massa a Portugal, para muitos o maior depois êxodo das antigas colónias portuguesas, tem a ver com o facto de muita gente ter direito a quantias bastante significativas e de não querer arriscar a perda dessa verba.

“Há pessoas que têm a receber mais de 500 mil euros, o que é muito dinheiro. E quando começa a constar alguma coisa, o melhor é prevenir, porque não há fumo sem fogo”, disse ao Correio da Manhã António José Fonseca, emigrante na Suíça há quase 25 anos.

Apesar de não ter tanto dinheiro a receber – “pouco passa dos 200 mil euros” – este emigrante diz que não vai arriscar ficar sem ele.

“Nós aqui descontamos muito dinheiro com o objectivo de termos um benefício um dia mais tarde. Ora, não vamos perder esse benefício e continuar aqui a trabalhar no duro”, explicou António Fonseca.

Também Alice Carneiro, que trabalha num hotel no cantão de Genebra há mais de 20 anos, decidiu fazer as malas e deixar o país para não perder os mais de 160 mil euros a que tem direito. “Tenho 55 anos e não consigo juntar esse dinheiro até à idade da reforma. Por isso, vou-me embora e reorganizar a minha vida em Portugal”, disse a emigrante ao CM.

Apesar deste provável êxodo de cerca de 15 mil pessoas da Suíça para Portugal, a verdade é que a emigração portuguesa para aquele país não pára de crescer.

Só em 2005, obtiveram autorização de trabalho na Suíça 7200 portugueses, a maioria dos quais para as cidades de Genebra e Zurique. Nesta altura, a comunidade portuguesa naquele país deve rondar as 200 mil pessoas.

PAÍS DOS ALPES ACOLHEU 46 MIL PORTUGUESES EM CINCO ANOS

A entrada de portugueses na Suíça quase quadruplicou entre 2001 e 2004, revela o último relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico. ‘Perspectiva das Migrações Internacionais’ indica que a Suíça lidera na escolha dos emigrantes nacionais. Partiram para o país dos Alpes cerca de 12 mil no último ano e 13 600 em 2004.

Em 2003 foram 10 100 os que ali procuraram trabalho; em 2002 emigraram 6600; e em 2001 foram 3700. Este crescimento levou a que hoje vivam na Suíça cerca de 160 mil pessoas de nacionalidade portuguesa. Há ainda mais de 20 mil suíços luso-descendentes ou portugueses que obtiveram passaporte suíço. Um número estimado em mais 20 mil representa uma população flutuante, na maior parte trabalhadores sazonais. Turismo, restauração e construção civil ocupam grande parte da comunidade portuguesa, a terceira maior estrangeira depois da italiana e da sérvia.

"ACABOU A TRADIÇÃO HUMANITÁRIA DA SUÍÇA" (Manuel Beja, conselheiro das Comunidades portuguesas eleito pela Suíça, diz que, apesar de não afectar os portugueses, a nova lei da imigração é discriminatória)

Correio da Manhã – É verdade que milhares de portugueses se preparam para deixar definitivamente a Suíça por causa do chamado ‘segundo pilar’?

Manuel Beja – Em primeiro lugar é necessário referir que estamos a falar de algo único no Mundo. Na Suíça foi criado um fundo de Previdência Profissional obrigatório como complemento do seguro oficial de velhice e invalidez, que ficou conhecido como ‘segundo pilar’. Tratou-se de uma forma de assegurar a manutenção do nível de vida habitual no período da reforma. No entanto, estes fundos podem, caso o assegurado o entenda, ser levantados na condição de deixar definitivamente a Suíça e fixar residência em Portugal. Não é uma situação nova, existe desde que este sistema entrou em vigor. Nos últimos meses, constou que quem não levantasse o dinheiro até ao final do ano corria o risco de ficar sem ele, o que fez com que muita gente decidisse regressar a Portugal.

– Mas as pessoas têm ou não razão para pensar dessa forma?

– Não. É exactamente o contrário! Tudo depende da situação financeira e pessoal do interessado e muito particularmente da questão principal: a esperança de vida. Há pessoas que preferem o capital líquido deste fundo; outras preferem a reforma. Nós temos dito sempre que há um acordo assinado entre as instituições suíças e portuguesas que permite, mesmo após 1 de Junho de 2007, o levantamento destes fundos.

– No entanto, podemos presenciar o regresso a Portugal de 15 mil emigrantes?

– É verdade. Existe uma tendência para o regresso imediato pelo facto de as pessoas desconhecerem a existência deste acordo. Quanto a nós, conselheiros da comunidade, temos o dever de esclarecer as pessoas. No entanto, cada um pode fazer aquilo que muito bem entender.

– Como analisa a nova lei da imigração da Suíça?

– É importante dizer que esta nova lei não afecta directamente os portugueses residentes na Suíça nem qualquer cidadão da União Europeia. No entanto, moral e politicamente, não nos identificamos com os resultados do referendo. Não podem entrar na Suíça imigrantes de fora do espaço europeu que não tenham sido previamente contratados, o que dificulta a instalação de famílias. Esta lei quebra a tradição humanitária da Suíça. Foi por isso que muitas organizações religiosas e sindicais declararam o dia do referendo como “um dia negro para a Suíça e para a democracia”.

PERFIL

Deixou Portugal na época ‘do salto’. Atravessou a fronteira clandestinamente e procurou melhor sorte em França, na Holanda e na Alemanha. Foi na Suíça que fixou residência há 34 anos. É um veterano da emigração. Sindicalista, coordenador do Conselho das Comunidades Portuguesas neste país, membro de várias comissões de defesa dos direitos dos emigrantes, Manuel Beja, 64 anos de idade, é um dos mais profundos conhecedores das realidades e dos problemas dos emigrantes.

APONTAMENTOS

QUASE 200 MIL

Apesar de estar previsto o regresso de 15 mil emigrantes portugueses na Suíça até ao final deste ano, a verdade é que a comunidade portuguesa naquele país não tem parado de crescer, a uma média de quase dez mil pessoas por ano. Nesta altura residem e trabalham na Suíça quase 200 mil portugueses.

NOVO DESTINO

Espanha é, actualmente, um dos países para onde os portugueses mais emigram, pela proximidade e pelo crescimento económico. Agricultura e construção civil são as actividades que mais portugueses empregam no país vizinho. Muitos vão e vêm todos os dias ou ao fim-de-semana, mas são cada vez mais os que lá fixam residência. Nos últimos dois anos foram 20 mil.

A SALTO PARA FRANÇA

Foi durante quase quatro décadas o grande destino da nossa emigração. Aliás, é em França que reside uma das maiores (se não a maior) comunidades da diáspora. No entanto, o aumento do desemprego, a partir de meados da década de 90, ditou o abrandamento da emigração para a França.

OS PROBLEMAS

O Canadá e, mais recentemente, a Holanda estão na memória dos portugueses como países de dificuldades para os emigrantes. No Canadá, no ano passado, expulsaram quem não tinha papéis. Na Holanda, cerca de uma centena de portugueses foram enganados, ao ponto de passarem fome.

PALOP E BRASIL

Apesar de atravessarmos uma época em que, por norma, são os africanos e brasileiros que emigram para Portugal, há cada vez mais portugueses a escolherem as antigas colónias como destino. Sobretudo ao nível de mão-de-obra especializada e na qualidade de quadros de empresas portuguesas ou multinacionais.

Secundino Cunha, Braga / Manuel Araújo, Lusitano de Zurique

sexta-feira, novembro 24, 2006

Diário do Minho tem nova Gráfica

Situada no complexo industrial da Grundig, em Braga, a Empresa do Diário do Minho inaugurou oficialmente hoje, as novas instalações da sua Gráfica e representa um investimento de cinco milhões de euros.

Durante o acto, o administrador, cónego Fernando Monteiro , afirmou que é —“Uma aposta ousada, que demonstra responsabilidade social da Igreja na criação de postos de trabalho, apesar da crise que se faz sentir à nossa volta”.

De referir que esta unidade de produção gráfica, é um dos centros de impressão mais importantes do norte de Portugal.

Está equipada com a tecnologia mais avançada do sector e oferece também os melhores preços praticandos no mercado nacional.







Fim do porte pago - Bater nos fracos, assim não vale


O Conselho de Ministros aprovou recentemente o fim da comparticipação do Estado nas despesas de distribuição por correio da imprensa regional.

Em alternativa, vai criar um portal na Internet onde os jornais regionais podem estar disponíveis em versão digital.

Esta é uma medida dura e extrema, que vai penalizar muitos portugueses que vive e trabalham no estrangeiro e querem continuar ligados à sua terra e que não tem possibilidades de usar os meios informáticos para a leitura dos jornais.

Com esta medida, acredito que a Língua de Camões será cada vez mais esquecida o que é de lamentar...

Poupar e cortar estou de acordo, mas que seja nos lucros da banca que são cada vez maiores, nos ordenados dos directores-gerais, dos políticos, nas escandalosas reformas milionárias de alguns privilegiados e nas fiscalizações eficazes, às grandes empresas que fogem às suas obrigações fiscais.

Isso sim, era ter coragem de "mexer" nos grandes e poderosos e "intocáveis"... bater nos fracos, assim não vale.

Manuel Araújo

sábado, novembro 18, 2006

Temporal...

É Sábado, fim de tarde... chove forte, o vento uiva lá fora, há relâmpagos e trovões. Gosto de os ver e ouvir...

É o prenúncio de um fim de semana em casa, o qual vou tentar aproveitar para por a escrita e as ideias em dia... e tentar ouvir e gravar para formato digital, uns discos de vinil, que guardo há muito tempo e sempre tenho prometido que —"vai ser no próximo fim de semana". São discos sentimentalmente muito valiosos. Vamos a ver, se vai ser este, o tal fim de semana... pois, tenho prometido e falhado a mim mesmo, o que não é grave, porque não causa prejuízos, nem danos a ninguém.

Vem isto a propósito, da nova realidade, que é voltar a aprender a viver em Portugal... e de entender a actual situação, das desigualdades, injustiças, mentiras e fraudes. Em suma, do —“safe-se quem puder”.

Em 1980 deixei Portugal, um Portugal em mudanças, um Portugal fervilhando, em evolução constante, graças à Revolução de Abril de 74 e ao corte com o passado retrógrado, de guerras injustas, castrador das ideias, do pensamento e da acção.

Foram mais de duas décadas, a viver e a labutar no seio de culturas com hábitos diferentes dos nossos, o que não foi muito difícil, porque está nos genes dos portugueses, o saber adaptar-se a novas situações e arranjar soluções para todo o tipo de problemas que os enfrenta.

Durante esse tempo, deu para aprender e diferenciar métodos e organização de vários sectores produtivos e também das mentalidades dirigentes... e da exigência do cumprimento do pré-estabelecido; sejam eles contratos, prazos ou horários.

Não sou economista, nem “doutor” em qualquer área, mas sei, que se o operário não se sentir motivado, não rende e é escusado ser pressionado ou aumentar-lhe a carga horária, para produzir mais, pois um funcionário descontente e desmotivado, não produz qualidade nem quantidade.

O segredo dessa motivação e do “desenrasca”, do português “lá fora”, está num ordenado justo, um posto de trabalho seguro e organizado, formação adequada, respeito e um ambiente agradável.

Aqui em Portugal, esse cenário será raro e pelo contrário, vivemos um momento de crise, desemprego e de exclusão social, onde o operário é sempre o "bombo da festa" que paga todos os impostos sem refilar. Todos deveriam contribuir e também pagar, porque nem todos pagam e se pagam, pagam pouco.
Também a fiscalização económica em geral é deficiente, uma vez que existem grandes empresas que fogem aos impostos e até utilizam trabalho ilegal não declarado. O trabalhador é descartável, como sendo uma mera mercadoria de supermercado.

Senhores governantes e empresários, onde está a vontade, imaginação e o “desenrasca”, que nos está nos genes e as asas que nos foram dadas em Abril de 74, para nos tirar deste buraco? Façam um esforço e lembrem-se que somos bons, somos os melhores, mas lembrem-se também que — “não é com vinagre que se apanham moscas”.

É noite e a chuva e os trovões já não se fazem ouvir, desligo a música... e vou ver na TV o Braga - Benfica. Ganhe quem ganhar, não ficarei satisfeito, é um jogo “fratricida”.



Manuel Araújo

quarta-feira, novembro 15, 2006

SJ contra encerramento da Caixa dos Jornalistas

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) manifesta a sua perplexidade e discordância com a anunciada intenção do Governo de encerrar a Caixa de Previdência e Abono de Família dos Jornalistas.
Em comunicado divulgado hoje, 15 de Novembro, o SJ estranha as declarações do secretário de Estado da Saúde, Francisco Ramos, citadas pela agência Lusa, dando como certo o encerramento da Caixa de Previdência e Abono de Família dos Jornalistas (CPAFJ) e o fim do subsistema de saúde dos jornalistas a partir de Janeiro de 2007.

A surpresa do SJ deve-se ao facto de as declarações surgirem dois dias depois de uma reunião, realizada a pedido da CPAFJ, com o ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva, e o próprio secretário de Estado Francisco Ramos, em que foi acordado prosseguir a discussão, no âmbito do Ministério da Saúde, quanto ao subsistema de saúde dos jornalistas.

Reafirmando a sua firme discordância com a intenção do Governo de extinguir a CPAFJ, o SJ garante que lutará "pela defesa dos direitos" dos jornalistas.

Também a Comissão Administrativa da CPAFJ reagiu às declarações de Francisco Ramos, solicitando de imediato uma reunião com carácter de urgência ao ministro da Saúde.

É o seguinte, na íntegra, o comunicadodo SJ:

JORNALISTAS DEVEM DEFENDER A SUA CAIXA!

1. O Sindicato dos Jornalistas foi surpreendido por declarações do secretário de Estado da Saúde, Francisco Ramos, citadas pela agência Lusa, que dão como certo o encerramento da Caixa de Previdência e Abono de Família dos Jornalistas (CPAFJ) e o fim do subsistema de saúde dos jornalistas a partir de 1 de Janeiro de 2007.

2. A surpresa decorre desde logo do facto de aquele membro do Governo apresentar uma data que não só não foi anunciada às entidades com responsabilidades nesta matéria como contraria frontalmente a perspectiva de uma solução consertada, embora seja claro que não foi o Governo a tomar a iniciativa – que deveria ter tomado – de esclarecer a situação.

3. Com efeito, realizou-se na passada segunda-feira, dia 13, uma reunião na qual estiveram presentes o ministro do Trabalho e da Segurança Social, Vieira da Silva, o secretário de Estado da Saúde, Francisco Ramos, e a Comissão Administrativa da CPAFJ, órgão de gestão que integra uma presidente nomeada pelo Governo, Maria Antónia Palla, e os vogais designados pelo Sindicato dos Jornalistas, Anabela Fino e José Imaginário.

4. Na reunião, realizada a pedido da CPAFJ, o Governo comunicou a sua intenção de encerrar a Caixa, mas, sobretudo no que diz respeito ao subsistema de saúde, comprometeu-se a agendar uma reunião para prosseguir a discussão.

5. Nessa conformidade, quer a Administração da Caixa em si, quer a Direcção do Sindicato dos Jornalistas iniciaram um processo de discussão interna para encontrar soluções que garantam a preservação dos direitos dos jornalistas, ficando na expectativa de um novo encontro.

6. Não obstante a precipitação do Governo e a comunicação de um timing que não fora indicado à CPAFJ, a Direcção do SJ reafirma a sua discordância veemente com as intenções do Governo de extinguir a Caixa dos Jornalistas e a decisão de lutar pela defesa dos direitos destes profissionais.

7. A Direcção do SJ manterá os jornalistas informados das diligências e iniciativas que entenda úteis à defesa desta causa, mas apela desde já a todos os profissionais, para que se mantenham unidos em torno de um objectivo central: a defesa da Caixa dos Jornalistas.

Lisboa, 15 de Novembro de 2006

A Direcção

quinta-feira, novembro 09, 2006

João Paulo II faz milagre

Cura de cancro
João Paulo II faz milagre

João Paulo II pode estar mais próximo de se tornar santo. Um italiano com cancro nos pulmões, rins e espinha diz-se curado por intercessão do Papa peregrino. A confirmar-se o milagre, será um passo importante para a subida de Karol Wojtila aos altares do Mundo.

Brainpix
Nicola Grippo e a sua mulher, Elisabetta
Nicola Grippo e a sua mulher, Elisabetta
Nicola Grippo, 76 anos, habitante de Salerno, Itália, sofria de cancro há três anos. Segundo os médicos, não havia qualquer esperança de cura. Num apelo dramático, Grippo pediu um milagre a João Paulo II, que terá aparecido em sonhos à sua mulher, Elisabetta. A doença desapareceu. O caso foi descrito pelo arcebispo Gerardo Pierro.

Após a morte de João Paulo II – e perante os apelos insistentes dos fiéis que se deslocaram a Roma para o funeral, Bento XVI decidiu abolir o prazo (mínimo) de cinco anos para se dar início ao processo de canonização de João Paulo II.

Esta antecipação não dispensa, contudo, o preenchimento dos restantes requisitos, entre os quais figura a existência de dois milagres – ou seja, situações de cura que não sejam explicáveis à luz do conhecimento científico actual.

Neste momento, o Vaticano estuda o caso de uma freira que sofria de parkinson (a mesma doença de João Paulo II) e que terá ficado curada no dia em que Wojtyla faleceu.

A confirmar-se a existência destes dois milagres, a canonização de João Paulo II será um dado praticamente adquirido.

ANÁLISE LONGA E EXAUSTIVA

A Igreja Católica é extremamente cautelosa na análise de curas sem explicação aparente.

O processo – longo, exaustivo e complexo – envolve um conhecimento profundo do historial clínico do paciente e a participação de reputados especialistas em várias áreas da medicina. O estudo de uma ‘cura milagrosa’ pode demorar anos.
Paulo João Santos

sábado, novembro 04, 2006

Carmindo Pinto de Carvalho - o Poeta operário


Carmindo Pinto de Carvalho

Nasceu em Nagosa -Moimenta da Beira, a 1 de Novembro de 1955. Em 1966 concluiu o ensino básico, foi camponês, trabalhador à jorna em trabalhos diversos e operário na construção civil. Com dezasseis anos foi para Lisboa, trabalhou como vigilante numa escola privada e posteriormente como empregado num hospital psiquiátrico.

Cumpriu o serviço militar na Marinha. Ao seu serviço viajou por vários países.

Irrequieto, permanentemente inconformado, munido de uma forte curiosidade e cedendo a vários impulsos deixou-se levar e em serviço ou lazer, pisou já cerca de vinte países. Em 1985 emigrou para a Suíça.

Depois de trabalhos diversos, fixou-se numa fábrica de tubagens metálicas e durante uma dezena de anos abraçou a vida associativa. Com paixão, deu muito do seu tempo e da sua “pele” tendo desempenhando vários cargos.

A necessidade da escrita surgiu-lhe tarde, já depois dos trinta anos. Recusou escrever para a gaveta, entrega ao vento, a leva dos seus trabalhos pelos cantos do mundo e algumas centenas, já foram publicados em vários órgãos da Comunicação Social.

É casado, tem três filhas e vive em Rorschach - Suíça e deu-nos nesta entrevista o seu ponto de vista no que se refere às dificuldades editoriais, mas não só.


Manuel Araújo




Quais os objectivos futuros ?

Conseguir acabar e editar um livro que será uma grande salada de: diário, critica social, crónica, prosa poética e conto. Será um pouco disto tudo, ou no seu conjunto, devido à sua defeituosa confecção, será algo de impróprio, um aborto, nada de nada .

Porque diz isso ?

O que criei até agora foi só Poesia. Este é outra coisa. Devido às minhas limitações literárias, estou a ter uma grande dificuldade para criar os diálogos. Tenho só a quarta classe e fez já quarenta e cinco anos que a tirei . Uma vez ouvi alguém dizer : — ” Está sempre a falar na sua quarta classe...” — E é verdade que sim, estou, mas é só com a intenção de que, isto sabendo , as pessoas sejam comigo condescendentes, e melhor tolerem os possíveis erros, que os meus escritos possam ter .

Existe algum apoio governamental à edição e criação?

O Estado, dizem que é pai de nós todos, mas afinal é só de alguns .
Assim como?

Alguns criadores de várias formas de expressão, dita de arte, são considerados filhos e logo adoptados e apoiados em projectos megalómanos, inúteis, ou prenhes de insanidade mental.

Quer dar algum exemplo?

Veja-se como exemplo, aquela versão da Branca de Neve e os Sete Anões, da qual saiu uma coisa a que o realizador, João César Monteiro chamou de filme. Mas como se pode chamar filme a uma coisa que não tem imagem? É como mostrar a pista sem carros e chamar de grande prémio de fórmula um. Eu acho uma grande aberração feita por um maluco, mas o pior, é que o dinheiro gasto não era dele, era de todos nós ! Os restantes são enjeitados. Que se desenrasquem. E é o que eu faço. Acabei de abdicar de três semanas de férias num lugar qualquer paradisíaco, para o qual poupei e investi no meu terceiro livro individual. Fiquei aqui em casa a “tirar o pó”, aos livros, aos discos, que sossegados me esperavam. No computador, a ver cinema em casa e a dormir sestas. E assim, as férias e o tempo fugiram! Acabou ! Para mim foi fácil porque tenho muitos hobbies.

E não teve saudades das férias?

Sim, tive momentos em que tive saudades de tantas coisas que costumo ter e encontrar nas férias. Na ausência de mar, fui molhar o grelo à piscina cá da terra. Nesses momentos, senti-me torturado pelo meu país e seus governantes, tal como disse recentemente uma Senhora muito conhecida !. Nesses momentos senti-me num casulo, torturado e à força enclausurado .
Pois, o Estado através dos seus serviços, deveria criar eventos, onde os autores se pudessem mostrar e onde os “olheiros”, fossem pescar os talentos e a partir daí, serem encaminhados e apoiados.

E não são ?

É claro que há algo parecido, levado a efeito por associações tais como; ¬— a APE e outras que atribuem prémios etc, mas penso que aí só há lugar para tubarões e por este andar nunca haverá para sardinhas nem carapaus.

E as Editoras ?

As editoras ? Então essas nem é bom falar… , dão-me vómitos ! Como firmas que são, à caça do lucro fácil e rápido, só apostam em nomes sonantes, em autores já conhecidos e reconhecidos. Até agora ninguém me indicou portas onde eu pudesse conseguir , algo em forma de apoio à edição e criação. Uma vez estabeleci uns contactos com um responsável do Consulado Português de Zurique, para obter informações de como me candidatar.

E não se candidatou?

Foi-me dito isto e mais aquilo, que tinha que preencher formulários, enviar amostras de trabalhos que seriam sujeitos a um parecer prévio e obrigatório do Sr. Cônsul, e posteriormente tudo aquilo seria encaminhado. Tudo isto me pareceu muito complicado e demorado até obter uma resposta, devido às portas, e corredores que tinha que percorrer. Desisti.

E as Associações Culturais não apoiaram ?

Por aqui, as associações, clubes etc., é que poderiam e deveriam fazer muito a nível da divulgação, estimulando e incentivando . Mas essas, devido à apatia geral, (ou quase) que se instalou nos vários núcleos da nossa comunidade, apenas organizam torneios de futebol, cartas e matraquilhos. Que me perdoem todos os amantes destas modalidades, que têm com certeza valor e são também de apoiar, mas há muito mais que se poderá fazer, sem tirar nem invadir o lugar de nada nem ninguém. Assim queiram as cabeças pensantes. Ao dizer isto sei que estou a remar contra a maré, pois que a maioria sente-se feliz com uma cerveja e uma cartada na mão. Afinal, se para eles está tudo bem, então eu é que estou deslocado, desfasado, no espaço e no tempo.


-----------------------------------------------------------------------

A critica

Entre as inúmeras criticas favoráveis e por uma questão de espaço publicamos apenas um excerto da critica do conceituado Dr. José Cunha Rodrigues:

... os seus poemas, além de serem um extraordinário alerta para a consciência de cada um, denotam de sua parte uma grande coragem, fé e persistência. Uma capacidade de sondar o insondável, ou seja, para além do horizonte, mesmo quando ele (a)parece esborratado e fragmentado. As pessoas (como é o meu caso) deviam estar atentos à dinâmica empreendedora e determinada de homens como você, que constituem um bom exemplo do que é o espírito combativo. Como sabemos, num universo onde se impôs a ditadura do mau-gosto; é um prazer de verificar que ainda há quem reme contra a corrente. Quero, porém, felicitá-lo pela elaboração do seu livro de poesia ' Entre o ter e o querer", humanamente irrepreensível. Para quem o conhece e me tem falado de si, é aquilo que realmente importa: um espelho da sua personalidade - límpida e despretensiosa (não obstante “o fruto dos seus quatro anos de carteira e andarilho", que não têm qualquer importância para mim ?!?). Fiquei especialmente surpreendido (no que me diz respeito, penosamente surpreendido...) com as sua Introdução (Aviso à navegação"), tão eloquente e admiravelmente honesta. Muitos, muitos parabéns. Claro que me permito discordar do seu comentário (ainda na introdução) quando diz que (...) o resultado é com certeza uma grande “chachada", pois, ao contrário do que é habitual dizer-se, para mim a verdade é que "DE GUSTIBUS EST DISPUTANDUM???" Por tudo isto, aceite desde já os meus sinceros cumprimentos. Um abraço amigo, José Cunha Rodrigues.


Post Scriptum:

Um breve comentário ao seu livro " Entre o ter e o querer": O Carmindo é, em abono da verdade, um homem com vocação para a poesia. Apesar dos seus "quatro anos de carteira e andarilho", a sua escrita honesta e despretensiosa, têm o poder retumbante de sacudir de uma forma corajosa e ímpar as adversidades que a vida lhe foi dando. E um poeta nato, um pessimista convicto, um optimista prolixo. Saboreando a sua "caldeirada de palavras ", descobrimos paladares deliciosos, um saibo indescritível, maravilhoso e contagiante. Quem prova, jamais esquecerá.


José Cunha Rodrigues

--------------------------------------------

Bibliografia

Entre o Ter e o Querer, Editorial Minerva 2000
Entre os Quês e os Porquês, Editorial Minerva 2002
Mensageiro da Poesia Volume I
Mensageiro da Poesia Volume II
Mensageiro da Poesia Volume III
Editados pelo Mensageiro da Poesia , Associação Cultural Poética . Antologias de vários autores .
Da Outra Margem -Antologia Poética de vários autores da Diáspora , residentes em vários países e continentes. Edição Instituto Camões. Lançada em Genebra aquando da feira internacional do livro e da imprensa, em 2001
Elos da Poesia _ Colectânea de poemas de autores de língua Portuguesa, recolha feita na NET pelo Grupo - Elos da Poesia - Lançado em Lisboa e em vários locais no Brasil .
Ecos da Poesia I , lançado pelo grupo da Net - Ecos da Poesia _. Autores vários, lançado em Lisboa e Brasil.
Dois povos um destino - do grupo da Net - ECOS da POESIA- lançado em Lisboa e Brasil .
A caminho estão:
ELOS da POESIA Volume II
Terceiro livro individual - Entre Ondas de Ar e Amar - a editar pela ABRALI, BRASIL.