terça-feira, setembro 27, 2005

Acidente em Amares fez um morto e três feridos

Acidente em Amares fez um morto e três feridos

Um morto e três feridos, um dos quais com gravidade, foi o resultado de um violento acidente ocorrido hoje perto do meio dia, em Amares.

No acidente estiveram envolvidas duas viaturas, uma carrinha dos CTT e um veículo ligeiro onde seguiam três pessoas, uma teve de ser desencarcerada.

A cena do acidente. passou-se num cruzamento, junto a um Parque Industrial, onde a sinalização é inexistente. Outros acidentes já alí tiveram lugar, mas felizmente sem vítimas mortais.





Manuel Araújo


sábado, setembro 17, 2005

Constituição de Associação dos Amigos dos Animais de Amares em estudo

Está elaborado, o Estatuto da Associação dos Amigos dos Animais de Amares, e pronto para ser discutido e aprovado.

Só assim, podermos ser constituídos legalmente como Associação para poder fiscalizar o exacto cumprimento das leis e regulamentos que proíbem e punem os maus tratos aos animais solicitando, para esse efeito, das autoridades superiores policiais, ou quaisquer outras, o auxílio que seja necessário.

A Associação de Amigos dos Animais de Amares será uma associação sem fins lucrativos, e terá como objectivo a defesa e protecção dos animais abandonados e maltratados.

O seu objectivo é melhorar por todas as formas ao seu alcance, as condições de vida dos animais, empregando entre outros, os seguintes meios:

- Solicitar das autoridades a adopção de todas as medidas que visem impedir e reprimir tudo quanto represente crueldade para com os animais;

- Fiscalizar o exacto cumprimento das leis e regulamentos que proíbem e punem os maus tratos a animais solicitando, para esse efeito, das autoridades superiores policiais, ou quaisquer outras, o auxílio que seja necessário;

- Exercer os direitos de parte principal ou de assistente dos sócios em quaisquer processes jurídicos respeitantes a animais;

- Instituir e manter serviços de assistência permanente aos animais;

- Contrariar por todos os meios legais a realização de espectáculos, exibições ou actos em que manifestamente se verifique a prática de crueldades ou violências desnecessárias aos animais;

- Realizar a propaganda dos fins e objectivos da Associação através dos meios de comunicação social locais ou por qualquer outros processos;

- Apresentar a consideração das Autoridades Administrativas, projectos ou pareceres julgados de interesse para a causa zoófila e bem assim promover ou auxiliar a realização de congressos de instituições congéneres e de beneficência onde possam ser tratados assuntos de reconhecido valor para a missão a que se consagra;

- Exercer a protecção directa ou indirecta aos animais por todos os demais meios ao seu alcance e dispor, a fim de cumprir cabalmente os seus fins.

Diga-nos o que pensa sobre esta acção.

Se está de acordo e se pretende aderir ao Grupo de Amigos dos Animais, deixe o seu contacto.

A sua colaboração é importante, é necessário contituir-nos jurídicamente, por isso, junte-se a nós e traga mais um amigo.


Associação de Amigos dos Animais de Amares

quarta-feira, setembro 07, 2005

APELO Canino


Recebi este email e senti uma estranha emoção, porque isto é real, ainda existem pessoas que abandonam os seus melhores amigos. Estamos no período de verão... e actos egoístas, e irracionais acontecem com frequência. Por favor, não transformem em problema a fiel companhia dos vossos melhores amigos; Solicito-vos que abram a consciência dos ignorantes... para assim podermos acabar com os maus tratos aos animais, especialmente com o abandono . Leia o Diário de um Cão, é forte, aliás, muito forte... e infelizmente muito verdadeiro...


O DIÁRIO DE UM CÃO


1ª Semana
Hoje completei uma semana de vida. Que alegria ter chegado a este mundo!
1 Mês
A Minha mãe cuida muito bem de mim; É uma mãe exemplar.
2 Meses
Hoje separaram-me da minha mãe. Ela estava muito irrequieta e, com seu olhar, disse-me adeus. Espero que a minha nova “família humana” cuide tão bem de mim como ela o fez.
4 Meses
Cresci rápido, tudo me chama a atenção. Há várias crianças na casa e para mim são c omo “irmãozinhos. Somos muito brincalhões, eles puxam-me o rabo e eu mordo-os na brincadeira
5 Meses
Hoje deram-me uma bronca .A minha dona ficou incomodada porque fiz xixi dentro de casa, mas nunca me haviam ensinado onde deveria fazê-lo. Além do que, durmo no hall de entrada. Não deu para aguentar...
8 Meses
Sou um cão feliz, tenho o calor de um lar; sinto-me tão seguro, tão protegido. Acho que a minha família humana me ama e me dá muitas coisas.
O pátio é todinho para mim e, às vezes, excedo-me, cavando na terra como meus antepassados, os lobos quando escondiam a comida; Nunca me educam... Deve ser correcto tudo o que faço.
12 Meses
Hoje completo um ano. Sou um cão adulto, os meus donos dizem que cresci mais do que eles esperavam. Que orgulho devem ter de mim.
13 Meses
Hoje acorrentaram-me e fico quase sem poder movimentar-me até onde tem raio de sol ou quando quero alguma sombra. Dizem que vão me observar e que sou um ingrato. Não compreendo nada do que está a acontecer.
15 Meses
Já nada é igual... moro na varanda. Sinto-me muito só. A Minha família já não me quer! Às vezes esquecem-se que tenho fome e sede. Quando chove, não tenho tecto que me abrigue.
16 Meses
Hoje tiraram-me da varanda. Estou certo de que a minha família me perdoou. Eu fiquei tão contente que pulava com gosto. O meu rabo parecia um ventilador. Além disso, vão levar-me a passear. Dirigimo-nos para a estrada e, de repente, pararam o automóvel. Abriram a porta e eu desci feliz, pensando que passaríamos o nosso dia no campo. Não compreendo porque fecharam a porta e se foram “Ouçam, esperem” Ladrei... esqueceram-se de mim. Corri atrás do carro com todas as minhas forças. A minha angústia crescia ao perceber que quase perdia o fôlego. Eles não paravam. Haviam-me esquecido!
17 Meses
Procurei em vão achar o caminho de volta ao lar. Estou só e sinto-me perdido! No meu caminho existem pessoas de bom coração que me olham com tristeza me dão algum alimento. Eu agradeço-lhes com o meu olhar, desde o fundo da minha alma. Eu gostaria que me adoptassem: seria leal como ninguém, Mas apenas dizem: “pobre cãozinho, deve ter-se perdido.
18 Meses
Um dia destes, passei perto de uma escola e vi muitas crianças e jovens como os meus “irmãozinhos” aproximei-me e um grupo deles, rindo; atirou-me uma chuva de pedras “para ver quem tinha melhor pontaria. Uma dessas pedras, feriu-me o olho e desde então, não vejo com ele.
19 Meses
Parece mentira. Quando estava mais bonito, tinham compaixão de mim. Já estou muito fraco; meu aspecto mudou. Perdi o meu olho e as pessoas mostram-me a vassoura quando pretendo deitar-me numa pequena sombra.
20 Meses
Quase não posso mexer-me. Hoje, ao tentar atravessar a rua por onde passam os carros, um acertou-me. Eu estava no lugar seguro chamado “calçada “, mas nunca esquecerei o olhar de satisfação do condutor, que até se vangloriou por acertar-me. Oxalá me tivesse matado! Mas só me deslocou as patas traseiras. A dor é terrível! As minhas patas traseiras não me obedecem e com dificuldade arrastei-me até a relva, na beira do caminho

Faz dez dias que estou debaixo do sol, da chuva, do frio, sem comer. Já não posso mexer-me! A dor é insuportável! Sinto-me muito mal, fiquei num lugar húmido e parece que até o meu pêlo está a cair...

Algumas pessoas passam e nem me vêem; outras dizem: “não te chegues perto”.
Já estou quase inconsciente; mas alguma força estranha me faz abrir os olhos. A doçura de sua voz fez-me reagir. “Pobre cãozinho, olha como te deixaram”, dizia uma senhora... com ela, estava um senhor de avental branco. Começou a tocar-me e disse: “Sinto muito senhora, mas este cão já não tem remédio, é melhor que pare de sofrer”. A gentil senhora, com as lágrimas rolando pelo rosto, concordou. Como pude, mexi o rabo e olhei-a, agradecendo-lhe que me ajudasse a descansar. Somente senti a picada da injecção e dormi para sempre, pensando porque tive que nascer se ninguém me queria...



Passa este e-mail a todas as pessoas puderes.
O melhor dos amigos vai agradecer...



OBRIGADO !

Constituição de Associação dos Amigos dos Animais de Amares em estudo

Está elaborado, o Estatuto da Associação dos Amigos dos Animais de Amares, e pronto para ser discutido e aprovado. Só assim, podermos ser constituídos legalmente como Associação, para poder fiscalizar o exacto cumprimento das leis e regulamentos que proíbem e punem os maus tratos aos animais solicitando, para esse efeito, das autoridades superiores policiais, ou quaisquer outras, o auxílio que seja necessário.

  • A Associação de Amigos dos Animais de Amares será uma associação sem fins lucrativos, e terá como objectivo a defesa e protecção dos animais abandonados e maltratados.


  • O seu objectivo é melhorar por todas as formas ao seu alcance, as condições de vida dos animais, empregando entre outros, os seguintes meios:


  1. - Solicitar das autoridades a adopção de todas as medidas que visem impedir e reprimir tudo quanto represente crueldade para com os animais;
  2. - Fiscalizar o exacto cumprimento das leis e regulamentos que proíbem e punem os maus tratos a animais solicitando, para esse efeito, das autoridades superiores policiais, ou quaisquer outras, o auxílio que seja necessário;
  3. - Exercer os direitos de parte principal ou de assistente dos sócios em quaisquer processes jurídicos respeitantes a animais;
  4. - Instituir e manter serviços de assistência permanente aos animais;
  5. - Contrariar por todos os meios legais a realização de espectáculos, exibições ou actos em que manifestamente se verifique a prática de crueldades ou violências desnecessárias aos animais;
  6. - Realizar a propaganda dos fins e objectivos da Associação através dos meios de comunicação social locais ou por qualquer outros processos;
  7. - Apresentar a consideração das Autoridades Administrativas, projectos ou pareceres julgados de interesse para a causa zoófila e bem assim promover ou auxiliar a realização de congressos de instituições congéneres e de beneficência onde possam ser tratados assuntos de reconhecido valor para a missão a que se consagra;
  8. - Exercer a protecção directa ou indirecta aos animais por todos os demais meios ao seu alcance e dispor, a fim de cumprir cabalmente os seus fins.



Diga-nos o que pensa sobre esta acção.

Se está de acordo e se pretende aderir, ou colaborar com o Grupo de Amigos dos Animais de Amares, deixe o seu contacto.

A sua colaboração é importante, por isso, junte-se a nós e traga mais um amigo.


Associação de Amigos dos Animais de Amares

Email: aaaa@oniduo.pt

sexta-feira, setembro 02, 2005

Apelo

“Ajudem-me, quero voltar a viver”.

O Adriano, é um jovem, proveniente de uma humilde mas honrada família de Barcelos.
Entrou muito novo no mundo da ilusão da droga, pela mão de “amigos” que o convidaram a experimentar a “inofensiva erva”, os anos passaram, as doses foram aumentando e hoje, após ter passado por todas as drogas, a heroína já é “leve”.

O Adriano, hoje com 32 anos, está cansado da vida auto-exclusão a que foi votado.
Está revoltado e arrependido de todas os erros cometidos. Quer pedir perdão ao amigos, familiares, conhecidos e desconhecidos, quer redimir-se. - “ Não posso continuar assim!” - Garante com voz firme.

O Adriano afirma-se convicto, que chegou a uma fase, em que só vê dois caminhos a seguir:
1. A mão amiga de alguém, que o encaminhe para um “centro de reabilitação” – “ou mesmo uma prisão”, porque ele está disposto a “sofrer o que for preciso, para sair deste inferno”. E implora: “metam-me onde quiserem, mas ajudem-me!
2. O segundo caminho, é o da morte, - “ prefiro morrer a continuar assim”, - “não aguento mais, o ter de roubar para o vício diário, dormir ao relento, comer restos dos contentores, viver na imundice, enganar os amigos e familiares, o não poder ter uma vida normal, um emprego e o mais importante de tudo, não ter uma família”. “Pode ser, que ainda vá a tempo e me perdoem...” - Declara cabisbaixo e com a voz turvada pela emoção, com uma lágrima que teima correr-lhe pelo rosto.

A história do Adriano, infelizmente, é comum a milhares de portugueses, que diariamente lutam para obter a dose diária e se resignam, sofrem e morrem no silêncio e anonimato. Os que morrem são apenas mais um número para as estatísticas. Nada mais.
Mas o Adriano, decidiu não ser igual a todos os outros, não se resigna, quer lutar, sofrer se for preciso e quer provar a todos, que ainda é possível mudar a vida.
Para o demonstrar, fez já análises clínicas, que orgulhosamente ostenta, onde, nenhuma doença comum a toxicodependentes lhe é diagnosticada. – “Estou limpo, ajudem-me, quero voltar a viver”.

Manuel Araújo
araujo@swissinfo.org

“Já temos que cortar na comida e nos medicamentos”

Família de deficientes, vive dias de amargura
















O sr. Américo Xavier, septuagenário, mora numa casa arrendada, nos arredores da cidade de Braga. Juntamente com a sua esposa da mesma idade, vive também uma filha.
À primeira vista, uma família como tantas outras, não fossem uma série de factores, que nos levam a pensar o contrário;



A esposa do Sr. Xavier, tem paralisia cerebral e um sem fim de complicações. Está paralisada e prostrada no seu leito e necessita de todos os cuidados, desde a alimentação, higiene e controle da doença.

A filha que vive com eles, de bom grado faria tudo pela mãe, mas não a pode ajudar muito, porque sofre de deficiência física congénita, a qual, não lhe permite “dar as voltas que gostaria”, porque “ela é muito pesada, é um peso morto” e “nós não temos força”, nem dinheiro para pagar a quem nos ajude.

Triste, desanimado e cabisbaixo, o Sr. Xavier conta-nos, que já solicitou ajuda a várias instituições e sistematicamente, todas lhe tem negado o apoio. - “ estou farto de pedir...” – lamenta-se.

Indagado sobre o motivo das recusas, respondeu-nos, que não sabe qual o motivo. Afirma que são doentes, não são “ricos” e vivem da reforma, que é “cada vez mais curta”.

Mas, afirma que não vai desistir dos seus direitos e uma vez mais, esta semana voltou a pedir ajuda aos serviços Sociais. “ Vamos lá ver o que isto vai dar...”

A casa onde vivem “está a necessitar de obras”, porque no Inverno “a água escorre pelas paredes e atravessa o soalho”, é impossível respirar, por causa da humidade.

“Bem gostaria de fazer aqui umas reparações”, mas “também não temos dinheiro”.¬— Lamenta.

O sr Xavier, é pai de oito filhos, a maioria dos quais, já lhes “perdeu o rasto” e talvez já “não queiram saber de nós, mas, os que nos querem ajudar, esses não tem posses”.

A família está no limite do desespero, porque o dinheiro da reforma já não chega, por isso, afirma que já tem - “que cortar na comida e outras vezes nos medicamentos”



Já cansado, sem muitas esperanças, em tom pesaroso e com uma certa raiva, desabafa – “que raio, ao menos que nos paguem as fraldas...”


© Manuel Araújo

araujo@swissinfo.org