sábado, outubro 22, 2005

Em Amares - Pedro Barroso apelou ao "direito à indignação"


Realizou-se em Amares, no Salão Nobre da Câmara Municipal, uma palestra / debate que se insere no projecto intitulado, “Ciclo de Conferências Jovens-Ganha Asas”, da responsabilidade do Grupo Desportivo Cultural e Recreativo Amarense.


Num auditório cheio, de um público atento e participativo, Pedro Barroso, após ter feito uma retrospectiva da sua carreira, onde recordou o antigo regime e as peripécias e "fintas" que pregavam à censura. Falou das tendências e evolução da música portuguesa e da dificuldade actual, que os artistas portugueses tem, no acesso às rádios e televisão estatais.


Insurgiu-se contra as denominadas "playlists", que excluem — segundo ele — quase por completo, o acesso dos artistas portugueses a esses meios de comunicação.


Afirmou também, existir um "index de cento e tal nomes, cortados ou excluídos" e apelou aos portugueses, para o "direito à indignação".
Sugeriu, que todos protestem pelos meios que tiverem ao seu alcance, contra a política seguida pelas rádios e televisão estatais, ecrevendo e enviando fax´s, e Email´s, manifestando o seu desagrado pela situação, que é insustentável.

Araújo

sexta-feira, outubro 07, 2005

Exemplo de "poupança" de água em Amares


Ao contrário de todas as campanhas de sensibilização, que apelam para a poupança do precioso líquido, aqui, desde à semanas, (meses?) a água corre livremente desta torneira, "artisticamente ornamentada” com fita adesiva e pontas de fio eléctrico.


Isto é no WC, de uma instituição pública e nobre, na sede do Concelho de Amares.

É caso para dizer:
Mete Engulho !

Manuel Araújo

terça-feira, outubro 04, 2005

Choque frontal em Palmeira




Uma colisão frontal entre dois automóveis de mercadorias em Palmeira, causou três feridos ligeiros, revelou fonte da GNR.

O acidente ocorreu cerca das 13:30 horas, tendo os feridos sido transportados ao Hospital de Braga.

Devido ao acidente, o trânsito esteve condicionado, mas a via não chegou a ser cortada ao trânsito.

Manuel Araújo

segunda-feira, outubro 03, 2005

“O património artístico vai cair de podre”


Escultor Jorge Oliveira, lamenta falta de apoios e incentivos aos poucos que ainda sabem restaurar arte

Jorge Oliveira, é um escultor com uma ampla obra de qualidade reconhecida. Dedica-se essencialmente à arte sacra e assume-se como um autodidacta. Natural de Braga, tem 35 anos é casado e reside em Amares desde 1987. É reconhecido em praticamente todo o país, mas é um quase desconhecido na sua região. Quanto à escultura em Portugal, lamenta a falta de apoios e alerta que Portugal corre o risco de perder todo o seu imenso património, por falta de capacidade para restauro. — "As nossas igrejas e catedrais, um dia, serão betão armado com uns desenhos, porque a talha vai cair de podre e não vai haver quem a restaure” — avisa.

Como é que tudo começou e porquê a escultura ?

Iniciei-me na escultura por intuição e interesse pela arte, mas também foi por necessidade. Aos nove anos fiquei órfão de pai, éramos sete irmãos e comecei a trabalhar como aprendiz de entalhador. Aos quinze anos a talha já não me dizia nada. Então comecei por fazer umas peças ao fim de semana, e com o tempo notei que as minhas peças tinham aceitação e eram já cobiçadas por muita gente, aí convenci-me que tinha algum talento e dediquei-me cem por cento à escultura.

Qual a sua relação, e o que é para si a escultura?

Para mim a arte é o meu segundo casamento, a minha segunda paixão, não posso viver sem ela.

Qual a importância da tecnologia na escultura?

A tecnologia no meu atelier ainda não chegou, é tudo manual. Quando entra a tecnologia na escultura, já é uma indústria. Eu sou um escultor 100% artesanal.

Considera o seu trabalho objectos de arte ou de consumo?

A escultura não é um bem de primeira necessidade. O meu trabalho é arte.

Ao longo da sua vida tem executado inúmeras obras, desde a gravura manual, a escultura e também o desenho, qual delas lhe dá mais prazer?
Sim é verdade, faço tudo isso. Mas, o que me dá mais prazer, são as obras que idealizo e concebo desde o esquiço no papel à escultura final.

O que acha do estado actual da escultura portuguesa, são apoiados por alguma entidade?
Não, infelizmente não somos apoiados por ninguém. Estamos num país onde nós passamos ao lado. Temos um imenso património, uma riqueza incalculável e um dia quando chegar o dia de deitar a mão a esse património, não vai haver ninguém com conhecimentos. Creio que as nossas igrejas e catedrais, um dia será betão armados com uns desenhos, porque a talha vai cair de podre e não vai haver quem a restaure.

O Jorge Oliveira é conhecido e reconhecido, praticamente de norte a sul do nosso país, mas na sua terra parece que nem tanto. É verdade que os “santos do pé da porta não fazem milagres”?, porquê.

Exactamente, isso é uma realidade. É uma afirmação um pouco dura, mas sou capaz de afirmar que sou mais conhecido em Barcelona, ou do Porto para sul, do que na minha própria terra. É frustrante.

A Arte de esculpir tem futuro ?

Eu quero acreditar que sim e luto para que isso aconteça.


Que sentiu, quando o Eng. Mesquita Machado, numa recente apresentação, de um seu trabalho em Braga, lhe dirigiu honrosos e rasgados elogios ?

Senti um arrepio enorme, fiquei até sem palavras e ao mesmo tempo, reforçou a minha grande vontade de continuar com esta arte.

Manuel Araújo
araújo@swissinfo.org

in Terras do Homem


domingo, outubro 02, 2005

Navarra reforça identidade com símbolos heráldicos

Navarra é uma freguesia situada a norte do concelho de Braga, com 2,24 km de área, 454 habitantes e uma densidade populacional de 202,7 habitantes/km. A agricultura foi a principal fonte de riqueza desta população, nos tempos mais remotos, hoje, outras actividades ajudam a suportar a economia da freguesia, particularmente a industria e o sector terciário. Mas, na agricultura, a produção vinícola e o cultivo do milho, é ainda hoje, o sustento de algumas famílias. No enquadramento histórico do processo de heráldica da Freguesia de Navarra, perde-se no tempo, a fundação desta freguesia bracarense. Embora sejam escassos os seus dados históricos, sabe se por exemplo, que a antiga localidade de S. Lourenço de Navarra foi, durante mais de um século, uma vigararia anexa à abadia de Crespos. Em 1757, ambas as localidades possuíam 123 fogos.


Foi no passado dia 2 de Outubro, que os habitantes da freguesia de Navarra, viram pela primeira vez, os Símbolos Heráldicos da Freguesia de Navarra.
Foi uma cerimónia simples, levada a cabo pelo Presidente da Junta de Freguesia de Navarra, Sr. Francisco Oliveira, pelo Presidente da Assembleia Municipal, Sr. José António e demais executivo, que fizeram questão em afirmar, de que “não se trata de uma inauguração, mas sim da apresentação, de uma obra só agora finalizada”.
Também o pároco da freguesia e o Presidente da Câmara Municipal de Braga, Eng. Mesquita Machado, estiveram presentes.

A nova bandeira de Navarra foi içada, depois de uma cerimónia de bênção e da explicação da heráldica escolhida, pelo Sr. José António, Presidente da Assembleia Municipal;


OS SÍMBOLOS HERÁLDICOS
O Brasão, é o conjunto de elementos simbólicos, representativos da Freguesia, que teve parecer favorável da Comissão Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, nos termos da Lei 53/91 de 7 de Agosto, assim ordenados:

• Uma coroa mural de prata de três torres.
• Grelha a negro grelha que surge em representação do santo padroeiro da Freguesia S. Lourenço.
• O cacho de uvas de púrpura, folhado e gavinhado de verde – simbolizando a agricultura que foi a principal fonte de riqueza da população, nos tempos mais antigos.
• A faixa ondulada de azul e prata representa o rio Cávado que banha a Freguesia.
• E por fim, um listel branco, com a legenda: NAVARRA.



Durante a cerimónia, foi apresentado um brasão em madeira de castanho, esculpido pelo artista amarense, Jorge Oliveira, obra, apresentada pelo Eng. Mesquita Machado, tendo o jovem artista, sido alvo de honrosos aplausos e rasgados elogios da generalidade dos presentes, levando o Eng. Mesquita Machado a afirmar, “tudo fazer” para que “esta arte não desapareça”, e que terá “todo o apoio” da sua parte.
No que se refere às lacunas da freguesia (saneamento e pavimentos), promete empenhar-se, e apoiar o executivo, na sua execução.


No final desta parte protocolar, todos os que aderiram a esta cerimónia, puderam participar num fausto aperitivo.

Manuel Araújo