Percurso de mais de 35 anos
Em 1969 estreia-se no célebre programa Zip-Zip, dos mediáticos Carlos Cruz, Raul Solnado e do saudoso Fialho Gouveia.
Em 1970 publica o seu primeiro disco “Trova-dor” e entra na Companhia do Teatro Experimental de Cascais onde participa como actor, músico e cantor em várias peças. Produz entretanto alguns programas para Rádio e Televisão (“Musicarte”, “Tempo de ensaio”, etc.).
Embora por norma ande arredado dos grandes centros de decisão e insista em viver no campo, retirado das tertúlias tem gravado com grande regularidade, ao longo de mais de 30 anos de carreira.
Recebeu até hoje vários prémios nacionais e internacionais tais como prémio para a melhor canção de 1987 (Menina dos Olhos d’água), o Prémio Directíssimo; o Troféu Karolinka (Festival Menschen und Meer, RDA 81), diploma de mérito da Secretaria de Estado do Ambiente (88); Troféu Lusopress (Paris 93) e ainda o título de “Ribatejano Ilustre” atribuído pela Casa do Ribatejo (94).
Cantou até hoje em praticamente todo o território nacional e ainda em Espanha, França, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Alemanha, Suécia, Inglaterra, Canadá, Brasil, Hungria, Macau, Estados Unidos e Suíça.
Com a atribuição a José Saramago do prémio Nobel da Literatura em 1998, torna-se num dos muito poucos autores que com ele partilha obra publicada - canção Afrodite (in LP Água mole em pedra dura, 1978).
Continuando, com regularidade, os registos e concertos, publica em 1999 o CD “Criticamente” e em 2001 o CD “Crónicas da Violentíssima Ternura”.
No Natal de 2002 editou um CD, de seu título genérico “De viva voz” que regista ao vivo temas gravados em pontos vários nos últimos cinco anos e que, embora com a qualidade técnica permitida pelas circunstâncias, se converte num documento único de grande valor como memória de um estilo bem pessoal e da emoção vivida em palco em alguns momentos.
A par com uma fecunda discografia como autor e compositor (cerca de 30 discos editados, entre Ep’s, singles, LP’s, CD’s, Antologias várias e discos colectivos), tem publicado também poesia; “Cantos falados” em 1996, que reúne toda a sua poesia - de canção e não só, em 2003, publicou o livro “das Mulheres e do Mundo”.
Como artista plástico amador, usa o heterónimo Pedro Chora e, como tal, tem exposto desenho e escultura em várias Galerias.
Considerado como um dos últimos trovadores de uma geração de coragem que ajudou pela canção a conquistar as liberdades democráticas para Portugal, continua a constituir-se como uma alternativa sempre diferente nos seus concertos, repletos de emoção e coloquialidade.
Celebrou no ano de 2004 o seu 35º aniversario de autor poeta e compositor lançando o CD “Navegador do Futuro” da Ed. Ocarina, com actuações de norte a sul de Portugal.
Mantendo uma preferência especial pelos concertos ao vivo, neles continua evocando os seus temas de sempre - a mulher, o mar, a natureza, os tipos humanos, a solidariedade, o amor, a portugalidade...
Talvez por isso, convidar Pedro Barroso para uma actuação significa optar por um espectáculo culto, digno, forte e emotivo, com uma relação muito especial com a assistência.
1 comentário:
Sr. Manuel Araújo.
Gostei muito do seu artigo sobre Pedro Barroso. Há uns anos, quando estava a terminar o curso em Braga, uma namorada minha fez-me entrar no mundo de Pedro Barroso pela Porta Grande: deu-me a ouvir um cd dele que jamais esquecerei o quanto me fez navegar...
Uma das músicas, não sei se a última desse cd, era uma música longa, quase "falada" e não cantada propriamente. Falava dos mares, dos descobrimentos, de Portugal, da sensualidade do corpo feminino...
A razão porque estou aqui a postar é que gostaria de encontrar esse cd para comprá-lo e voltar a ouvi-lo... Mas, depois de muito andar na Internet, inclusive no site oficial de Pedro Barroso, não consigo descortinar qual o álbum. E queria comprar/encontrar só aquele. Podia ajudar-me a descodificar qual é? ps: já existia em 1998, logo não pode ser nenhum lançamento posterior a essa data.
Antecipadamente, obrigado
(por favor contacte-me pelo mail: fjteixeira@iol.pt)
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