segunda-feira, janeiro 23, 2006

Cavaco Silva venceu à tangente as eleições e é o novo Presidente da República


Cavaco Silva venceu à tangente as eleições presidenciais de domingo, com um total de 50,6 por cento dos votos, tornando-se no primeiro Presidente da República de centro- direita em 30 anos de democracia. Foi eleito com a segunda mais baixa votação de sempre, numa eleição que teve a terceira maior taxa de abstenção em presidenciais (37,39 por cento).

Em segundo lugar ficou o dirigente socialista Manuel Alegre (20,7 por cento), que conseguiu ultrapassar em mais de seis pontos percentuais o candidato apoiado pelo PS, Mário Soares (14,3.

Manuel Alegre, que não era apoiado por qualquer partido político, reconheceu que "o objectivo principal da sua candidatura não foi atingido por décimas".

Jerónimo de Sousa alcançou 8,6 por cento, Francisco Louçã 5,3 por cento e Garcia Pereira 0,4 por cento.

O candidato apoiado pelo PSD e pelo CDS ganhou as eleições de 22 de Janeiro, com a segunda mais baixa votação em presidenciais depois do 25 de Abril, com 2.739.331 votos, só ultrapassando o resultado da reeleição de Jorge Sampaio em 2001.

Na sua reacção à vitória eleitoral, Cavaco Silva considerou que os portugueses "disseram com clareza quem queriam para Presidente da República" e prometeu que irá cooperar com o Governo e restantes órgãos de soberania.

"De mim, o Governo legítimo de Portugal, como os demais órgãos de soberania poderão esperar um espírito leal, de respeito, de cooperação e entreajuda", afirmou Cavaco Silva, na primeira declaração após ter sido eleito.

A posse de Cavaco Silva como Presidente da República está prevista para 09 de Março.

Na cerimónia de posse, segundo o artigo 127 da Constituição, o Presidente da República eleito presta a seguinte declaração de compromisso perante os deputados: "Juro por minha honra desempenhar fielmente as funções em que fico investido e defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa".

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