terça-feira, abril 11, 2006

Amares - Denúncia de maus-tratos na empresa


Funcionária suspensa queixa-se de actos ilegais em fábrica de Amares

Intimidação, maus-tratos psicológicos e pressão laboral são relatos que uma funcionária denuncia serem “frequentes” na empresa Intipor (ex Calida), sedeada em Figueiredo, Amares. O último episódio teve lugar no dia 15 de Março, quando Sandra Magalhães foi suspensa da empresa e lhe foi instaurado um processo disciplinar.
Sandra Magalhães relata uma série de actos pretensamente ilegais e atropelos aos direitos dos trabalhadores da empresa, apontando o dedo ao empresário Mário Gonçalves. Fala de referências menos abonatórias às trabalhadoras e alegadas pressões psicológicas para aumentar os níveis de produção, para além de ‘impropérios’ através da instalação sonora na empresa.

O processo de suspensão da empresa teve lugar no passado dia 15 de Março, após um conflito em torno da utilização do tempo gasto na casa-de-banho, por seis funcionárias. O empresário não terá gostado da situação e – segundo relato de Sandra Magalhães – terá ido “à instalação sonora da empresa e disse que as casas de banho passavam a estar fechadas”.
De imediato, Sandra Magalhães e a sua colega - “a Marisete” - dirigiram-se ao patrão e retorquiram: “o senhor não pode fechar as casas de banho”. Acto contínuo, o empresário ordenou que largassem o trabalho e fossem ao escritório. E terá acrescentado que eram “as pestes” dentro da empresa.
No escritório, perante as duas chefes, Mário Gonçalves – que, contactado pelo Terras do Homem, recusou prestar quaisquer comentários sobre o assunto – terá mostrado a ‘fraca’ produção das funcionárias e ordenado a suspensão.

Inspecção do trabalho

Insatisfeita com o sucedido, a funcionária dirigiu-se, no dia seguinte, à Inspecção do Trabalho (IT). Como não existia qualquer prova documental de que estaria suspensa, foi aconselhada a apresentar-se ao trabalho no dia seguinte.
Assim, na sexta-feira, dia 17 de Março, voltou a dirigir-se às instalações da empresa. Foi, então, “impedida” de retomar funções, sob o argumento de que estava suspensa. Exigiu, então, uma declaração nesse sentido, mas foi-lhe negada.
Pressionada, entrou em “crise nervosa” e dirigiu-se para o carro, estacionado no parque de estacionamento da empresa. A crise nervosa em que se encontrava impediu-a de sair do local. Teve que pedir socorro à família e acabou por ser removida do local na ambulância da Cruz Vermelha de Amares.
“Não houve uma única pessoa da empresa que me auxiliasse”, recorda Sandra Magalhães, que promete levar o caso “até às últimas consequências”. E promete novas revelações.

in Terras do Homem

1 comentário:

Manuel Araújo disse...

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